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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

“Filho do Homem”

Verbo encarnado,
semente de mulher,
no ventre da virgem gerado,
pela sombra do Espírito Santo.
Cem por cento homem,
cem por cento Deus,
formou apóstolos e discípulos,
para descendentes seus.
Verdadeiramente celibatário.
Filhos seriam mortos, ou relíquias vivas.
A genealogia do Primogénito
é a árvore da vida.
Pai da eternidade,
Príncipe da paz.
A sua geração não tem idade,
a cada século segue a seu lado.
Podia chamar miríades de anjos,
mas aos privilégios divinos disse não.
Prescindiu do poder para revelar o amor
e estar ao nível da Criação.
Fez-se Filho do Homem,
para sermos filhos de Deus,
título de adopção pago na cruz.
Precioso é o sangue de Cristo Jesus!

17 Outubro 2011
Mário Baleizão Jr

Jesus é meu redentor


Posso até cair
Posso desmoronar-me por mim abaixo
Mas o meu redentor vive!
Posso até ser o mais indigno dos homens
Posso ser diligente
Confidente
Benevolente
Mas o meu redentor vive!
Posso sorrir
Posso chorar
E até lamentar
Mas o meu redentor vive!
Posso enganar
Posso enganar-me
Ser enganado
Mas o meu redentor vive!
Posso amar,
Ser odiado,
Ser invejado
Mas o meu redentor vive!
Posso sofrer
Perecer
Merecer
E até morrer
Mas quer vivamos quer morramos
Em Jesus no Pai estamos
E o nosso redentor Vive!

Pedro Eme
Outubro 2011

"ser ou não ser eis a questão..."


sou o que sou sou o que vejo
sou o que não vejo
sou o que sou
sou um lamentador
sou um labutador
sou um chorão
sou um refilão
sou impaciente
sou um ser vivo que usa a mente


sou aquilo veêm
sou aquilo que não vislumbram
sou sobretudo um ser vivo
sou o que sou
porque
Ele é o que é!

Carlos Alberto Martins
12/10/11

Extensão

“…para amar queria a terra toda, para morrer bastam-me os flancos do silêncio”
Eugénio de Andrade, “Seja isto dito assim” (Memória doutro rio)

para navegar
toda a água é oceano
e o astrolábio é navio
para cantar todo o corpo
é peito e fornalha na voz

se quero rir tiro a máscara antiga
se quero sonhar estendo o coração
para lá das ruínas

para morrer tão pouco me basta
que os olhos se calem sobre o teu flanco

para te amar uma ilha é ainda pouco
só me chega a terra toda

Rui Miguel Duarte
09/10/11

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os Coqueiros

Nunca pensei
pudesse ver nos coqueiros
coisas de tua alquimia.

Quanto de cálido
os coqueiros anunciam
nas palmas longas
carregadas de coco, água doce
e sombra,
essência da tua própria alegria.

(Julia Lemos)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rios e Vales


Por entre rios e vales
e o sol resplandecente
Murmuram as águas do rio
O chilrear dos passarinhos
Entoam naquele silêncio profundo

Onde a natureza é real e verdadeira
Florescem as flores silvestres
Abelhas num vai e vem de flor em flor
Procurando néctar para o seu mel

Ouve-se o som das pinhas
A caírem dos pinheiros
O ar puro que se liberta
através das árvores e das flores

Neste silêncio profundo posso imaginar
A tranquilidade que um dia vamos gozar
no céu de Luz. Como o nosso senhor Jesus

Regina Ferreira